LUDUTOPIA

terça-feira, 30 de junho de 2015

Maratona Literária de Inverno 2015


Inscrevi-me na Maratona Literária de Inverno 2015, organizada pelo Victor Almeida no seu canal Geek Freak. Inverno? Mas estamos no verão! O organizador é brasileiro e lá o inverno já chegou, ao contrário de cá. Mas espero bem que se despache, porque já não paciência para tanto calor!

O objectivo desta Maratona é ler mais livros do que aqueles que costumamos ler durante um mês. Este projecto vai começar dia 6 de julho e terminará dia 3 de agosto. Portanto, a minha média de leituras ronda os dois ou três livros. Para a maratona decidi apostar em 5 leituras! Não sei se vou conseguir dar conta do recado, mas espero que sim. Orem por mim, minha gente. Orem por mim!

A escolha dos livros teve por base os desafios e as semanas temáticas propostas pelo Victor. Haverá prémios para quem conseguir somar mais pontos, completando o maior número de desafios, mas só serão entregues a quem morar no Brasil. Como o meu objectivo é divertir-me e superar-me a mim mesmo, não vejo problema nenhum em não ganhar nada. O que interessa é participar! (por favor, que algum booktuber de Portugal faça algo parecido só para eu poder ganhar livros :$)

DESAFIOS
- Um livro com figuras ou ilustrações
- Comece e/ou termine uma série, trilogia ou duologia
- Um livro que alguém escolheu por você
- Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica
- Um livro com a capa azul
- Um livro do género que você menos leu ano passado
- Um livro que você ganhou
- Um livro com mais de 400 páginas

TBR (to be read) TEMÁTICA
Semana 1: Fantasias, Distopias e/ou Ficção Científica
Semana 2: Thriller, Suspense e/ou Terror
Semana 3: YA Contemporâneo, Romance e/ou Drama
Semana 4: Livros nacionais

Cada livro pode agrupar-se em vários desafios, não é necessário existir apenas um livro para cada desafio. As semanas temáticas não são obrigatórias, cada pessoa pode ler o género que lhe apetecer. Volto a dizer que nada disto tem um cariz obrigatório, ninguém deve sentir-se obrigado a ler algo que não quer. O objectivo é mesmo superar-nos.



Assim sendo, os meus livros escolhidos são:
Enquadra-se na semana 1 (ficção científica) e nos seguintes desafios: um livro com figuras ou ilustrações; comece e/ou termine uma série, trilogia ou duologia; um livro que você ganhou; um livro com mais de 400 páginas.

Enquadra-se na semana 1 (distopia) e nos seguintes desafios: um livro que alguém escolheu por você; um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica.

Enquadra-se na semana 2 (thriller e suspense) e no desafio do livro que ganhei.

Enquadra-se na semana 3 (romance) e no desafio do género que menos li no ano passado.

Enquadra-se na semana 4 (livro nacional).

O livro com a capaz azul é o único desafio que ficará de fora, porque não tenho livros azuis por ler na estante. Parece que alguém tem de ir às compras!

Para mais informações podem ver o vídeo de apresentação aqui. As inscrições podem ser feitas aqui até ao dia 3!

Inscrevam-se e desejem-me sorte! :D

segunda-feira, 29 de junho de 2015

"Acácia - Ventos do Norte", de David Anthony Durham


Título original: Acacia - The War with the Mein
Autor: David Anthony Durham
Editora: Saída de Emergência
Nº de páginas: 339

Sinopse:
Um assassino enviado das regiões geladas do norte numa missão. Um império poderoso cercado pelo seu mais antigo inimigo. Quatro príncipes exilados, determinados a cumprir um destino. Prepara-te, leitor, para entrar no mundo deslumbrante de Acácia.
Leodan Akaran, rei soberano do Mundo Conhecido, herdou o trono em aparente paz e prosperidade, conquistadas há gerações pelos seus antepassados.
Viúvo, com uma inteligência superior, governa os destinos do reino a partir da ilha idílica de Acácia. O amor profundo que tem pelos seus quatro filhos, obriga-o a ocultar-lhes a realidade sombria do tráfico de droga e de vidas humanas, dos quais depende toda a riqueza do Império. Leodan sonha terminar com esse comércio vil, mas existem forças poderosas que se lhe opõem.
Então, um terrível assassino enviado pelo povo dos Mein, exilado há muito numa fortaleza no norte gelado, ataca Leodan no coração de Acácia, enquanto o exército Mein empreende vários ataques por todo o império. Leodan, consegue tempo para colocar em prática um plano secreto que há muito preparara. Haverá esperança para o povo de Acácia? Poderão os seus filhos será chave para a redenção?

Opinião (sem spoilers):
As minhas expectativas estavam baixas para esta trilogia (que em Portugal foi dividida em seis volumes), mas foram superadas! Fiquei bastante surpreso por terminar o livro e pensar que gostei. Não sei porque raio estava a contar com algo mau. Talvez por recear algo semelhante às "Crónicas de Gelo e Fogo". Claro que o género e alguns ingredientes são os mesmos, mas logo nas primeiras páginas entendi a clara diferença entre ambos. "Acácia" é uma saga com um enredo bastante mais rápido e menos complexo, mas igualmente bom.

O primeiro volume serviu como uma apresentação às tramas principais do enredo, bem como aos protagonistas dos mesmos. Fomos apresentados a um reino governado por Leodan Akaran, aparentemente um rei sensato e justo, quando na verdade esconde muitos segredos, não só seus, como dos seus antepassados. Foi uma jogada inteligente do autor, colocar o passado como uma "personagem" do presente. Trazer à tona o que aconteceu há muito tempo atrás, e que mudou o rumo da história de Acácia até então, foi bastante impactante e enriquecedor enquanto base para todo o clima de terror.


Conhecemos também os inocentes filhos do rei que nada sabem acerca dos verdadeiros pilares que sustentam Acácia. Aliver é o filho mais velho e herdeiro, que está constantemente a provar a si mesmo que é bom nalguma coisa, o problema é que ele não sabe no que é bom. Foi treinado de forma diferente dos outros rapazes. Foi treinado para se proteger, não para proteger os outros através da luta. Foi educado para ser um futuro rei e não um guerreiro. Portanto, vive numa luta constate entre ser o que gostaria de ser e o que querem que ele seja. Há uma passagem muito interessante de uma personagem que lhe esclarece esse dilema:
"- Ninguém escolhe o pai que tem. Nem tu, nem eu, nem ninguém. Mas, acredita, quando se nasce com uma missão, não a devemos recusar. Não fazer aquilo para que nascemos é um fardo pesado de suportar."
Aliver acaba por aceitar a sua missão de vida, planeada pelo pai há muito, e decide abraçá-la como sua, embora reticente.

A filha mais velha, Corinn, é um pouco parecida com a Sansa Stark das "Crónicas de Gelo e Fogo", porém, menos ingénua e mais atiçada. Ela sabe jogar os jogos dos tronos e deixa-se tornar um peão dentro dos limites necessários. No entanto, mais para o final do volume, nota-se uma fragilidade que vai ser a ruína dela, caso não consiga transformar essa parte fraca numa arma a seu favor! Espero que abra os olhos a tempo!

Mena, a outra filha do rei, tem uma relação mais afastada com a sua irmã, à semelhança das Stark, e mais próxima com os seus irmãos. Em certos pontos fez-me lembrar a Arya da obra de George R. R. Martin, por causa do seu espírito aventureiro e da ligação com uma espada que a acompanha numa determinada altura. Contudo, o autor soube surpreender e fiquei bastante surpreendido com a reviravolta na vida da personagem! Nunca pensei que se fosse tornar no que acabou por ser.

O filho mais novo, Dariel, é igualmente aventureiro e curioso como Mena, e à semelhança dos irmãos, vê a sua vida transformar-se em algo totalmente diferente do que deveria ser. Confesso que foi uma das transformações que mais me agradou. Espero que me surpreenda ainda mais no próximo volume. Estou mesmo a contar com algo fantástico!


A ligação que esses príncipes têm com o seu pai é bastante bonita, porque nota-se uma preocupação do rei em manter a ingenuidade deles no meio de um reino completamente em perigo. Para além disso, o sentimento paternalista está bastante vincado, nota-se mesmo uma vontade de Leodan em participar nas brincadeiras e alimentar o mundo fantasioso que as crianças conhecem. O carácter dele enquanto rei pode ser duvidoso, mas enquanto pai o mesmo já não acontece, pelo contrário.

Um personagem intrigante é o melhor amigo e conselheiro do rei, Thaddeus Clegg! Juro que não entendo certas atitudes tomadas por ele. Ora assume o papel de vilão, ora assume o papel de Maria Madalena arrependida. Eu entendo todos os motivos da porcaria que ele fez (e eles são realmente fortes), apesar de não achar razoável e justificatório, mas ainda assim acho o personagem confuso. Não consigo gostar dele. Aliás, não simpatizo mesmo nada com a criatura!

A acção é bastante rápida. Há certas coisas que acontecem, principalmente com Aliver, demasiado depressa. Esperava que surgissem de forma um pouco lenta e gradual. Mas foi só com o herdeiro do trono, porque com os restantes até foi aceitável.

Recomendo o livro para todos os fãs de fantasia. E que desengane-se quem pensa que é uma cópia da obra de Martin, porque não é. Eu é que notei alguns semelhanças. Só isso! Enfim, estou ansioso para começar o segundo livro e espero que nos próximos volumes os irmãos se unam como armas e líderes para limpar o nome dos Akaran! Unidos transformarão Acácia!


Classificação:

sábado, 27 de junho de 2015

#LoveWins


É oficial, os E.U.A. legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo em TODOS os Estados. Para um país que ainda adere à pena de morte, é um grande avanço. Gostei bastante da internet ter ficado rainbow, desde marcas que mudaram as cores dos seus logos, como pessoas a felicitar este marco na história. Não que tenha sido o primeiro país, mas como potência que é, já estava na altura. 

Claro que com isto surgiram comentários homofóbicos e outros sem noção:
1. "Eu queimo-me se legalizarem isso", feito por um padre. Morre, Satanás, morre!
2. "Nós divorciamo-nos", feito por um casal hetero. Força, amigos!
3. "Eu mudo-me para o Canadá", feito por vários americanos. É pena que no Canadá já seja legal casar com alguém do mesmo sexo há 10 anos, não é verdade?

Gente ignorante é o que é! Como se não bastasse, ainda li que quem defende gays é porque também o é. Prefiro defender os direitos do ser humano do que a ignorância de alguns!


Para quem não sabe, eu ando a tirar uma formação e, um certo dia, um dos tópicos em discussão foram os estereótipos. A meio da aula começaram a falar da adopção por casais do mesmo sexo e isso foi assunto para gerar um burburinho na sala. Três pessoas (pelo menos aquelas que falaram) eram do contra, ao contrário da restante turma que apoiava a legalização. A certa altura um dos contra, comentou que os gays querem impor a condição deles aos heteros. Nunca vi tanta insegurança em relação à sua orientação sexual! Juro que me apeteceu comentar "Se nem uma gaja te pega, quanto mais um gajo!", mas calei-me e apenas observei o ignorante em questão. Depois, um outro, comentou que "o casamento deve ser entre homem e mulher, é o natural". Mas custa muito entender que nem toda a gente gosta de mexilhão? Há quem goste de chouriço! Há quem goste dos dois e até há quem não goste de nenhum.

O auge da ignorância é quando alguém introduz a religião e a pedofilia em temas como a homossexualidade, para justificar qualquer opinião contra a comunidade LGBT. São assuntos totalmente diferentes, mas que ainda há quem não consiga distingui-los! "Se vão legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque não entre crianças e adultos?" Oi? "Os gays não têm direitos nenhuns, diz na Bíblia!" Parece-me que alguém não sabe ler!

Independentemente da orientação sexual, cor, religião ou o que for, TODAS as pessoas devem ter os mesmos direitos. Claro que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo não vai acabar com a homofobia (o racismo e machismo ainda existem, não é verdade?), mas contribuirá para uma coisa: a felicidade de muitas pessoas que se amam. E quem sabe se se deixe de falar em casamento gay, para se chamar apenas casamento. Já chega de rótulos! Somos todos iguais perante a lei!

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Séries para ver neste verão - PARTE 2

Seis séries já foram apresentadas no post anterior, mas ainda falta acrescentar algumas à lista. Eu sei, eu sei que tinha dito que ia reduzir o número de séries, mas eu sou uma criança de verão. Que os Sete me perdoem! Sem mais demoras...


7. Penny Dreadful
Esta série não é bem de verão, uma vez que já está quase a terminar. Estava para desistir dela, mas como li comentários positivos, decidi dar-lhe uma oportunidade e começar a vê-la. Já vou para o terceiro episódio e estou a gostar bastante.


8. Rectify
Dezanove anos depois de cumprir prisão, Daniel Holden é libertado por causa de provas que entretanto surgiram e o ilibaram (sim, 19 anos depois apareceram provas!). Assim sendo, ele sai e volta à sua vida para junto da família. A série gira em volta dessa chegada e a consequente mudança, tanto na vida do protagonista como das restantes personagens. Cada um lidará com a situação de maneira diferente. É isso que me cativa e me faz continuar a ver os episódios. Para além disso, ainda acompanhamos a paranóia de Daniel ao lidar com as diferentes situações do quotidiano. Chegamos mesmo a pôr em causa a inocência dele!
A terceira temporada de "Rectify" estreia dia 10 e estou ansioso! Apesar de ser uma série lenta, recomendo para quem adora um bom drama.


9. Survivor
Para quem viu este post, sabe que me viciei em "RuPaul's Drag Race" e decidi investir em reality shows. Escolhi "Survivor", por já ter visto e adorado a 30ª temporada. Para quem não sabe, os concorrentes são enviados para um local isolado e divididos por tribos. Apenas alguns mantimentos são oferecidos pela produção aos concorrentes, como arroz e água. Tudo o resto deve ser encontrado ou conquistado pelos competidores. As tribos deverão enfrentar desafios para se manterem em jogo. Existem dois tipos de provas: as de recompensa, em que os concorrentes vencedores ganham mantimentos, desde comida a cobertores, e as provas que oferecem imunidade. Depois disso, existe o chamado Conselho Tribal, em que os concorrentes expulsam um.


10. Teen Wolf
Antes de ter começado a ver esta série, sempre olhei para ela como algo amador, uma série feita só para o público adolescente delirar com o físico dos actores. Enfim, fui preconceituoso. Um certo dia lá decidi espreitar e facilmente me apeguei às personagens, devido ao talento do elenco, nomeadamente o do Dylan O'Brien. O rapaz é super talentoso e isso é ainda mais evidente na terceira temporada, quando ganha mais destaque.
Em "Teen Wolf" acompanhamos a vida de Scott McCall, um rapaz recentemente mordido por um lobisomem. Ao longo das temporadas somos prendados com outras criaturas míticas do oriente e do ocidente. Não vemos apenas homens lobo!
É uma série teen, claro, mas é excelente para desanuviarmos. O elenco é bonito e alguns têm talento, para além disso, a estória consegue sempre surpreender-me.


11. The Good Wife
Sei muito pouco acerca de "The Good Wife", mas pelos comentários de dois amigos, a série parece ser excelente. Já tem imensas temporadas e, como é óbvio, não pretendo ver tudo neste verão. Quero apenas espreitar a primeira temporada e depois continuar aos poucos. Talvez não fique fã da série, porque fala sobre advogados e afins. E eu nunca gostei muito dessa temática, excepto em "Drop Dead Diva". Se souberem alguma coisa sobre "The Good Wife", deixem nos comentários a vossa opinião.


12. The Strain
Inspirada na trilogia com o mesmo título, "The Strain" é uma série que aborda uma ameaça à humanidade, uma espécie de vampiros que querem controlar os seres humanos. Posso mesmo dizer que é uma versão melhorada de "The Walking Dead", mas em vez de zombies, há "vampiros" e toda uma mitologia envolvente. Recomendo!

Agora que já apresentei a lista completa, conhecem alguma das séries? Pretendem ver quais no verão? Confesso que tenho-me obrigado a ver apenas um episódio por dia, seja de que série for. Isso fará com que eu aproveite melhor o meu dia e, ao mesmo tempo, que não deixe de ver o que tanto gosto. Se quiserem sugerir alguma série, anime ou reality show, estejam à vontade :)

domingo, 21 de junho de 2015

Séries para ver neste verão - PARTE 1

O verão começou hoje e isso significa, para a maior parte das pessoas, férias e mais tempo livre. Como tal, trago-vos uma lista de séries que pretendo ver durante este verão... Quem sabe até se alguma das que vou falar vos suscite interesse! A lista será dividida em duas partes, sendo que haverão 6 séries em cada uma delas. Algumas já comecei a ver, mas devido à minha falta de tempo e paciência, fui deixando-as para agora. Outras são antigas, mas a curiosidade é tal que não me permite continuar a ignora-las. 


1. Adventure Time
Constituída por episódios de dez minutos, esta série é bastante útil para os tempos mortos. Não satura, nem aborrece e em cada episódio recebemos uma lição. É ideal para os miúdos e graúdos. Legendas em português são difíceis de encontrar, mas penso que a falta delas não interfere na compreensão da série, porque o inglês é super simples e através das acções das personagens percebe-se tudo. 
Finn e Jake são os protagonistas de "Adventure Time", que já conta com 6 temporadas, e os melhores amigos. O primeiro é um rapaz humano e o segundo é um cão com o poder de alterar a sua forma e tamanho sempre e como quiser. Como tal, em cada episódio entram numa aventura para ajudar os mais fracos do reino, como super-heróis.


2. Death Note
Eu já nem me lembrava que tinha vontade de ver este anime, até o The Ghostly Walker ter feito este post. Sempre tive curiosidade por causa dos livros, mas como a crise é escura e cheia de horrores, vou optar por ver primeiro o anime e quem sabe, caso adore, compre os livros. Eu não sei muito sobre a história. A única coisa que sei é que existe um livro onde podes escrever nomes de pessoas que queiras ver mortas, ou algo do género.


3. Masters of Sex
No verão passado vi todos os episódios de "Masters of Sex" seguidos e adorei. É uma série inspirada em factos reais, o que torna toda a experiência ainda mais rica. O foco do enredo é o estudo sobre a sexualidade humana, portanto já podem imaginar que terá muito sexo, apesar de não ser apresentado de forma convencional.


4. My Mad Fat Diary
"My Mad Fat Diary" prima pela ligação do espectador com as personagens principais. Todos nós temos algo que não gostamos e preferimos esconder ou ignorar, tal como Rachel e os seus amigos. Na série acompanhamos a vida de Rachel Earl, uma adolescente que acabou de sair do hospital psiquiátrico em segredo. A partir daí, vemos a jornada da rapariga, numa luta constante entre aceitar-se e quem gostaria de ser. Recomendo esta série! É divertida e o elenco é carismático.


5. Orange is the New Black
Esta é provavelmente a série mais conhecida desta parte. Já toda a gente ouviu falar de "Orange is the New Black", portanto nem me vou dar ao trabalho de resumir a história principal. A protagonista é a coisa mais sem sal de sempre. Não sei se é da actriz ou se é da personagem, mas detesto-a. Só vejo a série por causa das personagens secundárias, porque o núcleo principal é aborrecido. A nova temporada já foi toda lançada, mas ainda não tive tempo para ver.


6. Parks and Recreation
Para fechar esta primeira parte, pretendo começar a ver "Parks and Recreation". Não sei muito bem sobre o que trata, mas ao longo destes anos tenho visto vários gifs no tumblr e achado graça ao conteúdo, nomeadamente à relação da Leslie com o Ben, bem como a da Aubrey com o Andy.

Conhecem alguma destas séries? Quais são aquelas que pretendem ver neste verão? Recomendam alguma?

sábado, 20 de junho de 2015

Só se incomoda com spoilers quem não entende o que vê/lê


Nunca se falou tanto de spoilers como hoje em dia, e isto deve-se, penso eu, ao grande boom de pessoas que começaram a ver séries nos últimos anos, sobretudo com "Game of Thrones", que é bastante conhecida por matar personagens de modo inesperado. Até 2011 nunca vi (o que não quer dizer que não tenha existido) ninguém a queixar-se, pelo menos de modo agressivo ao ponto de remover amizade no facebook, por contar uma cena de um filme, série ou livro.

Prejudica revelar que um personagem morre? Não. Pelo menos para quem vê as coisas com olhos de ver e não apenas para ficar de boca aberta com os acontecimentos. Claro que é importante ficarmos maravilhados com as reviravoltas, não digo o contrário, mas mais importante ainda é entendermos o porquê delas acontecerem e interpretarmos as pistas que os argumentistas vão lançando nos episódios precedentes para chegarem àquele desfecho final.

Mas claro que há sempre alguém que prefere apenas ser surpreendido com algo chocante, que espera ansiosamente por um possível momento de mudança só porque é fixe e (in)esperado. Eu fico é espantado ao ler comentários que normalizam a violação da Sansa, que espalham ódio ao Stannis, quando na verdade deviam eram odiar o David Benioff e o D. B. Weiss, pela incoerência na construção das personagens em “Game of Thrones”.

As pessoas não pensam sobre o que vêem e engolem tudo o que lhes é apresentado no ecrã. Depois ficam chateadas quando sabem o que vai acontecer, antes de terem tido tempo para ver o episódio. A mim parece-me que só se incomoda com spoilers quem não entende o que está a ver.

Este medo absurdo de spoilers já atingiu o cúmulo de eu comentar para uma pessoa que certa personagem aparece num determinado episódio e a pessoa ficar chateada comigo. Noção, por favor! Dizer que personagem A, B ou C (estando vivos) aparece não é spoiler nenhum. Outro exemplo, foi contar algo que aconteceu em “A Song of Ice and Fire” e que, inevitavelmente, já não pode acontecer em “Game of Thrones”, porque já foram há mil livros atrás e não faria sentido algum neste momento. A pessoa inclusive ficou furiosa porque "ainda pode acontecer". Claro que pode acontecer, se não tiveres entendido o argumento, tudo pode acontecer. Agora, se olhares para uma série ou até para um livro com olhos de ver, aí sim, perceberás que há coisas impossíveis de acontecer, porque não fazem sentido algum. Se bem que com o D&D nunca se sabe, não é verdade? Mas isso já é outro assunto. Ainda há aqueles que detestam ler se o episódio está bom ou que algo fantástico acontece, porque criam expectativas e estragam a surpresa. Então quando compram um livro não tentam saber opiniões antes? Logo se alguém comentar que é fantástico ou que terminou com uma grande reviravolta também estraga a surpresa? Pessoalmente não me importo com spoilers, sejam de filmes, séries ou livros. A minha memória é tão boa que no minuto seguinte já sou capaz de esquecer tudo.

Acho que as pessoas deviam fazer o esforço de entender as personagens e o enredo que estão a acompanhar, em vez de ficarem sentados no sofá a comer tudo o que a televisão lhes dá, à espera de algo chocante só porque sim, sem antes sequer fazer o esforço de os entender ou atribuir-lhes lógica. Talvez assim não fiquem tão furiosos com spoilers.

Será que este medo de apanhar spoilers acontece apenas com “Game of Thrones”, que só tem vivido do choque? Ou acontece também com outras séries? É que nas minhas redes sociais só vejo revoltados com os spoilers que espalham da série da HBO. Acho que isso também só acontece porque 90% dos viciados em séries, acompanha o jogo dos tronos de Westeros. Enfim, vocês incomodam-se com spoilers? São também extremistas como os que referi, ao ponto de acabar amizades? Espalham spoilers?

domingo, 14 de junho de 2015

Sense8 só não é melhor por pura preguiça


A Netflix lançou recentemente uma nova série que já está a causar furor pela internet. Toda a gente sabe que esta empresa é conhecida pela sua qualidade nas séries exclusivas, como em "Orange Is The New Black", "House of Cards" e "Daredevil". Portanto, "Sense8" não foi excepção.

Criada pelos irmãos Wachowski, criadores dos filmes "Matrix" e "Cloud Atlas", a série apresenta-nos algo único: a conexão entre pessoas. Atenção, não quero dizer que esse assunto esteja a ser abordado pela primeira vez em televisão! Já foi explorado em "Touch", mas por uma vertente totalmente diferente. Em "Sense8", existe um grupo de oito pessoas espalhadas pelo mundo que conseguem ver-se umas às outras, sentir e ver o que o outro sente, ou seja, estão ligados mentalmente. Esses oito são uma evolução do Homo sapiens, denominados por sensates. A certa altura descobrimos que estão a ser caçados por uma organização que pretende elimina-los, portanto, eles lutam para sobreviver.



A estrutura do enredo prisma pela inteligência de ligar as capacidades dos sensates às situações do quotidiano, isto é, quando um deles está em apuros, comunica com outro e esse ajuda-o, consoante a sua habilidade. Por exemplo, diversas vezes, várias personagens precisaram de lutar contra os inimigos, e não sabendo nada de artes marciais, recorreram a Sun, a lutadora do grupo.
Os oitos sensates são bastante carismáticos e cada elemento representa uma cultura diferente. Essa diversidade racial faz com que vejamos assuntos como a política, sexualidade, género, identidade e religião abordados em televisão sobre variados pontos de vista. Pegando novamente na Sun, facilmente percebemos que as mulheres na Coreia do Sul são olhadas como seres inferiores aos homens, daí não possuírem grandes cargos nas empregas. Já no Quénia, vemos a mãe do Capheus, num dos seus flashbacks, que se apresenta como uma mulher pronta a matar se necessário, provocando medo nos homens que chegam a temê-la. Não que a Sun seja fraca, pelo contrário, ela é uma personagem bastante forte, mas sente-se reprimida pela sociedade que lhe impõe um respeito absoluto aos homens da sua família e, para se livrar desse peso, refugia-se na luta.

(Em cima: Will, Riley, Wolfgang e Lito. Em baixo: Nomi, Sun, Capheus e Kala.)

Se num episódio é possível vivenciarmos um leque de culturas distintas, também nos podemos deliciar com a diversidade de personagens, tanto na forma como lidam com os seus "dons", como enfrentam os problemas do dia a dia. São os dilemas pessoais que dão profundidade a estas personagens e que nos fazem criar uma ligação de empatia por eles. Contudo, não sei até que ponto as histórias pessoais prejudicaram ou não o enredo, porque tornou-se bastante arrastado. Claro que temos de ter em atenção que são 8 protagonistas e todos os seus núcleos têm de crescer, porque, no fundo, é o desenvolvimento do personagem que nos faz torcer por ele. Porém, senti alguma preguiça por parte dos criadores! A história dos poderes passou para segundo plano. Centraram-se demasiado nos dramas do grupo e forçaram algumas coisas, sobretudo em ligações entre eles completamente desnecessárias. Por exemplo, quando a Nomi termina de fazer sexo com a sua namorada, Amanita, a última comenta como se sentiu, dizendo que foi como um fogo de artifício. Ao mesmo tempo, vemos Will, Sun e Capheus num barco a apreciar um... Fogo de artifício. Qual foi a necessidade do comentário da Amanita? Não contribuiu em nada para o rumo da história e ela nem uma sensate é. Foi tão incoerente e no sense! Outro exemplo de uma ligação forçada entre o grupo, foram os nascimentos deles. Se analisarmos esses acontecimentos com o que são hoje, facilmente entendemos que a forma como nasceram ditou o futuro deles. O Lito é um actor e na hora do seu nascimento a família estava a ver um filme. Nomi nasceu num hospital, uma clara alusão ao que lhe aconteceu nos primeiros episódios e à sua mudança de sexo. A mãe de Sun teve-a no cemitério, uma insinuação à sua morte precoce. Riley actualmente é DJ e a sua mãe estava a ouvir música durante o parto. Enfim, eu sinceramente ainda não sei se isto é genial ou se forçaram a barra.

(Lito e Sun no espelho)

"Sense8" é uma série ousada e bem pensada, mas que ainda está a apalpar terreno. É evidente que a primeira temporada foi uma introdução para o que aí vem, mas espero que na próxima (caso exista) os criadores não sejam tão preguiçosos e parem de criar momentos bonitos para ganharem o carinho dos espectadores, porque já o têm. Foquem-se nas mutações genéticas e no Mr. Whispers, por favor! 


Já viram esta série? O que acham? Se não, ficaram curiosos?

quinta-feira, 11 de junho de 2015

"Saga, Volume 1", de Brian K. Vaughan & Fiona Staples


Título original: Saga
Autor: Brian K. Vaughan
Ilustradora: Fiona Staples
Editora: G. Floy Studio
Nº de páginas: 168

Sinopse:
Quando dois soldados de lados opostos de um imenso conflito galáctico sem fim se apaixonam, terão de arriscar tudo para proteger uma nova vida num universo terrível e perigoso. Um universo sem limites, povoado de possibilidades infinitas. E um planeta, Fenda, onde nascerá a ideia que irá expandir-se e crescer para conquistar todo um cosmos, símbolo de esperança para dois povos desavindos.
Fantasia e ficção-científica juntam-se como nunca antes no primeiro volume deste épico subversivo e provocante, obra de dois dos mais aclamados nomes da banda desenhada actual: o escritor Brian K. Vaughan e a artista Fiona Staples.

Opinião:
O que falar de um livro que me conquistou de imediato nas primeiras páginas? Sensacional! "Saga" é a primeira graphic novel que leio na vida e não podia ter começado melhor! Adorei o estranho universo criado pelo autor. A sua imaginação surpreendeu-me... E acreditem que a minha mente é bastante suja e bizarra! Há cabeças com pernas, pessoas com chifres, outras com asas de morcego, orgias entre anjos, animais que falam, mulheres aranha, pessoas com televisões no lugar da cabeça, homens macaco e até novos idiomas. Agora imaginem essa bizarrice toda dentro do género romance, fantasia e ficção científica, com bastante acção, sexo, comédia e assuntos polémicos, como pedofilia e choque de culturas.


"Saga" é uma espécie de "Romeu e Julieta" noutro universo. O casal protagonista, Marko e Alana, vêm de reinos diferentes: ela pertence ao planeta Terravista, ele à Coroa, a lua do planeta de Alana. Esses mundos têm uma relação de rivalidade, portanto o amor mantido pelos protagonistas não é visto com bons olhos e é motivo para o começo de uma guerra. Porém, essa disputa não acontece no mundo deles, porque a destruição de um dos dois, iria deixar a órbita do outro fora de controlo. Logo, ambos os oponentes lutam entre si em reinos estrangeiros, obrigando as diferentes espécies a escolher um dos lados. Para alimentar ainda mais o ódio, o casal tem uma bebé. Aliás, o livro começa logo com o nascimento da pequena Hazel. E esse é o mote de toda a guerra!


Brian K. Vaughan conseguiu desenvolver muito bem as personagens e nota-se que a narrativa tem uma estrutura muito maior do que aquela que aparenta à primeira vista. Evidencia mesmo uma grandiosidade que está por vir, sobretudo com a filha do casal protagonista. A história é narrada por ela e é engraçado percebermos a ligação que tem com os seus pais e os pequenos detalhes que ela nos conta acerca deles. A relação de Marko e Alana é muito bonita de se acompanhar. São diferentes, mas complementam-se! Ela é uma mulher bastante forte e, por vezes, agressiva, ele é mais descontraído e muito paternal. Além das personagens que citei, há outras que me conquistaram, como os Freelancers (que são conhecidos por caçarem pessoas) Vontade, um homem que aparentemente não tem uma mutação animalesca, mas vive acompanhado da sua gata que detecta mentiras, e a mulher aranha, a Haste. Curiosamente ambos podem ser interpretados como vilões, já que têm o objectivo de encontrar Hazel viva e órfã, mas o autor conseguiu mostrar-nos um outro lado deles. Curiosamente, já tiveram um envolvimento amoroso e hoje em dia a relação deles é um pouco complicada. Isto tudo enriquece a narrativa e dá-nos uma visão mais humana das personagens, apesar das suas características físicas. Portanto, facilmente nos identificamos com alguma.


A arte, apesar de não fazer o meu género, está muito bem trabalhada, pois as emoções das personagens estão bastante vincadas no desenho. Para além disso, a abundância de cores diferentes nas páginas torna-as agradáveis de se ver e ler.
Este livro é uma mistura atípica de bastantes ingredientes que cozinharam muito bem! E para quem gosta de fantasia, este é o bolo perfeito! O primeiro volume tem tudo para ter 5 estrelas, porém, como serviu para apresentar as personagens e o universo, penso que os próximos serão ainda melhor e, portanto, levará 4 estrelas.

 

Classificação:

quarta-feira, 10 de junho de 2015

"O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde


Título original: The Picture of Dorian Gray
Autor: Oscar Wilde
Editora: Bertrand Editora
Nº de páginas: 288

Sinopse:
Dorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza.
Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde.

Opinião:
Crucifiquem-me! Não gostei deste livro. Penso até que foi uma leitura com altos e baixos, mas que no fim não me conquistou. O início é bastante atrativo, confesso. Isso deve-se à interação do Dorian Gray com os seus amigos, Basil e Henry. Aliás, a adoração que eles nutrem pelo Gray é tanta que cheguei a pensar que se iam envolver os três. Se é que me faço entender! Torci bastante para que o Henry beijasse Dorian, só para ver o Basil louco de ciúmes. Infelizmente isso nunca aconteceu :( Os homens tinham as suas paixões por mulheres, para deixar bem claro. Por falar em romance... Que história de amor foi aquela entre Dorian e Sybil Vane? Que casal tão sem graça e sem química! Já para não falar do desfecho da rapariga, que foi demasiado dramático, sem noção, super exagerado e meloso demais para o meu pequeno coração de pedra. Como se já não bastasse esse mel todo, a partir do momento em que os amigos se afastaram, a história morreu um pouco.
A escrita do Wilde é demasiado florida e isso dificultou a leitura nas partes sem ação. Matou mesmo o meu gosto inicial pela obra! Só perto do final é que a história ganhou ritmo e melhorou um pouco, mas achei o desfecho demasiado previsível. Porém, foi o mais sensato, se tivesse sido diferente ficaria estranho. Eu não quero dizer que "O Retrato de Dorian Gray" é um mau livro, porque não o é. Simplesmente não houve uma química entre nós (adoro falar de livros como se fossem pessoas)! Eu reconheço todo o seu valor histórico e a mensagem que a obra transmite, mas a escrita do autor foi difícil de engolir. Eu devia ter-me mentalizado que o livro é um clássico e foi escrito noutra época, logo a escrita seria diferente daquela a que estou habituado. Infelizmente, as minhas expectativas para esta leitura estavam bastante altas e acabaram por ser defraudadas.

Classificação:

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Lipsync for your life


Hello, hello, hello! Este post vai começar com uma contradição. Se num dos anteriores em que falei das séries que pretendo deixar de ver disse que queria ter mais tempo livre para mim, decidi agora ocupa-lo com reality shows, como "Survivor" e "RuPaul's Drag Race". Shame on me!


Em apenas um mês consegui ficar completamente viciado em "RuPaul's Drag Race". É um reality show criado pela rainha das drags, RuPaul. É uma espécie de "America's Next Top Model" com "Project Runway", onde várias drag queens competem por uma coroa, reconhecimento de melhor drag queen americana e outros prémios.


Divertido, glamoroso, cheio de eleganza.... e muito, muito barraco! Livrem-se de preconceitos e vejam este programa já! É excelente para relaxarmos e desfrutarmos de uma competição totalmente hilária. O conceito do reality show é bastante simples. Cada episódio está dividido em três fases. Na primeira, acontece um mini desafio para ser apurada uma vencedora ou duas. Como prémio, terão de formar equipas ou distribuir materiais pelas colegas para o desafio seguinte. Aqui, muitas aproveitam-se para dificultar a vida às inimigas!
A segunda fase consiste no grande desafio, que pode ser individual ou em grupo. Por último, todas as drags terão de desfilar na passarela e as duas piores do grande desafio ficam nomeadas. Ao estarem nomeadas, deverão cantar em playback pela sua vida. Daí o título deste post! A que sobreviver ouve pela boca do RuPaul um "Shantay, you stay". A eliminada recebe um "Sashay, away".


O que torna "RuPaul's Drag Race" fascinante são os concorrentes. Alguns já se conhecem de fora, outros ficam super amigos, há quem se odeie e tente prejudicar os restantes, outros formam grupos e juram lealdade. Vemos perucas a voar, vestidos medonhos, maquilhagem super exagerada, muita conversa pelas costas, batota, traições e gestos bonitos. Até aprendemos a esconder o material, se é que me faço entender. Enfim, há de tudo! Mas desengane-se quem pense que é só de barraco que o programa vive. Ao longo das temporadas conhecemos melhor o difícil mundo das drags. Conhecemos as suas histórias de vida, as suas ambições. Somos surpreendidos com confissões chocantes, relacionadas com doenças, trocas de sexo, prisões, drogas e afins.


Comecei recentemente a quinta temporada e ainda me faltam mais duas para terminar todos os episódios. Como é evidente tenho as minhas drags favoritas das temporadas anteriores e adorava voltar a vê-las em competição, como já aconteceu com pelo menos uma. As minhas preferidas são:

  

 

  

  

Penso que das drags citadas, a Willam é a mais conhecida do público em geral. Recentemente entrou numa campanha dos gelados Magnum.


Recomendo este programa a qualquer pessoa! É divertido, surpreendente e consegue fazer-nos pensar acerca do mundo das drags. Se já é difícil um gay viver normalmente, imaginem para um homem que se veste de mulher e trabalha com isso. Para terminar deixo-vos uma das célebres frases que o RuPaul tanto diz ao longo do reality show.

If you can't love yourself, how in the hell are you gonna love somebody else?

E vocês, já conhecem este reality show? Ficaram curiosos?